Entendendo a Síndrome de Down: um olhar inclusivo e informado

A Síndrome de Down é uma condição genética que ocorre devido à presença extra do cromossomo 21, também conhecida como trissomia 21. Esta condição afeta o desenvolvimento físico e cognitivo dos indivíduos, resultando em características específicas, como hipotonia muscular, desenvolvimento motor mais lento e algumas particularidades nos traços faciais. Todavia, é importante lembrar que cada pessoa com Síndrome de Down é única, com suas próprias habilidades, interesses e personalidade.

O diagnóstico da Síndrome de Down pode ser feito durante a gestação ou após o nascimento. Durante a gravidez, exames de triagem, como o ultrassom de translucência nucal e exames de sangue materno, podem indicar uma probabilidade aumentada de trissomia 21 que são confirmados através de  testes diagnósticos mais específicos, como a amniocentese e a biópsia de vilosidades coriônicas, analisam o material genético do feto para detectar a presença do cromossomo extra. E quando o diagnóstico se dá após o nascimento, ele é geralmente baseado nas características físicas típicas e confirmado por meio de um exame de cariótipo, que analisa os cromossomos do bebê para verificar a trissomia 21. Em relação ao CID, a Síndrome de Down está classificada no capítulo Q-00 a Q-99 que aborda  as malformações, deformidades e anomalias cromossômicas, e por esse motivo, seu código de referência é o Q-90. Não podemos esquecer que o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o acompanhamento e as intervenções necessárias para apoiar o desenvolvimento e a saúde da criança.

As características associadas à Síndrome de Down variam de pessoa para pessoa, mas alguns aspectos comuns incluem:

  • Desenvolvimento Cognitivo: Pessoas com Síndrome de Down podem apresentar deficiência intelectual, de leve a moderado. Isso pode influenciar a aprendizagem e a comunicação, mas não define o potencial individual de cada pessoa que pode ser desenvolvido ao longo da vida.
  • Saúde Física: Indivíduos com Síndrome de Down têm maior propensão para algumas condições de saúde, como problemas cardíacos congênitos, distúrbios da tireoide, problemas respiratórios e auditivos. É essencial um acompanhamento médico regular para garantir o bem-estar e a qualidade de vida.
  • Aspectos Comportamentais e Emocionais: Muitas pessoas com Síndrome de Down têm um comportamento social afetuoso e amigável, mas também podem enfrentar desafios relacionados à comunicação e à autonomia.

A inclusão de pessoas com Síndrome de Down em escolas regulares e no ambiente de trabalho é um direito garantido por leis em muitos países e no Brasil podemos mencionar, por exemplo, a  lei nº 13.146/2015. O objetivo é proporcionar um ambiente que valorize as diferenças e permita o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. 

Na área da educação, o uso pelo docente de estratégias pedagógicas diferenciadas, como metodologias ativas, práticas lúdicas, apoio individualizado e tecnologias assistivas, exercem um papel importante no processo de aprendizagem de pessoas com Síndrome de Down. Além disso, o envolvimento de profissionais especializados, como os professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) colabora para oferecer suporte adequado e potencializar o desenvolvimento desses estudantes, possibilitando uma experiência educativa mais inclusiva e eficaz.

Precisamos enfatizar que a inclusão das pessoas com Síndrome de Down na sociedade é um processo contínuo que exige a desconstrução de estigmas e preconceitos, sendo fundamental entender que a Síndrome de Down não define o valor ou o potencial de uma pessoa e que cada indivíduo tem habilidades únicas e pode contribuir de maneira significativa para a comunidade.

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